Todos nos perguntamos um dia, valsando entre pensamentos, o que mora para lá do horizonte?
Em sentido figurativo, tornamos a nossa vida essa linha imaginária, prendendo o olhar numa descoberta do futuro ou, na esperança de haver uma premunição, vislumbrando o caminho a seguir.
Na maioria das vezes, fruto da cegueira inconsciente, não possuímos habilidades necessárias de auto análise, levando a erros de interpretação e inevitavelmente à repressão dos sentimentos conscientes, fortalecendo a natural culpabilização do eu ou do outro.
Usando ainda essa linha imaginária, transpondo o que realmente interessa, apartamos os dados ou factos diretos da mira da observação, como é exemplo o reflexo do sol nas águas, a paleta de cores que se avista, a forma e intensidade da ondulação ou ainda o veleiro que cruza os mares. Analisamos o todo sem o recurso às partes, sem o despir da visão egocêntrica primária e recorrendo quase sempre ao julgamento simplista da culpabilização do outro.
Como seremos então capazes de visualizar a verdade?
Definitivamente com recurso ao tempo e da minuciosa desconstrução da imagem, atentos aos pormenores, mesmo os que sustentam o todo sem se ver, como as areias e rochas do fundo do mar!