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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tejo

Descobri nas águas do Tejo, um murmúrio de saudade,
Nas ondulações da tua corrente, um suspiro da verdade…
Em ti, perdem-se os olhos pensativos,
De quem roga que o guies, para lá do teu fim…
Mostra o caminho nas águas.
Trá-lo de volta em teus braços,
Pelo grito da ave que sobrevoa.
Conta o nosso segredo, por fim…
Mostra-lhe o caminho por mim,
Da verdade que tanto entoa.
Da tua voz silenciosa que teima em falar…
Rasgada por passagens, tão breves!
Que se distendem até ao mar.
Embalado em teus braços seguros!
Perdidos no tempo e no olhar.
Tu que escondes tantos mistérios,
E conheces tão bem o teu rumo…
Sussurra-lhe ao ouvido o caminho.
Para que, por fim, me possa encontrar… 



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