Páginas

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Palavras soltas

Preferia eu arder no ciúme e na morte,
Que na dor de ser inútil ou um estorvo.
Entregar a vida em tuas mãos!
Abraçar-te hoje é como morrer,
É sentir a dor de recomeçar.
Preferia agora que o suspiro da vida,
Me largasse ao abandono e subtilmente,
Terminasse o que havia iniciado na concepção…
Porquê continuar o caminho se já não tem fim?
Já não há luar no horizonte, nem estrelas no céu.
Hoje não sei se amei ou fui amado, tudo parece cinzento.
Lembras-te das horas que passamos ao telefone?
Depois de um dia que foi só nosso?
Lembras-te que o adormecer e o acordar era nosso?
Corríamos para o telefone e contávamos os segundos …
Era a paixão que se inebriava na adrenalina do coração.
Hoje sei que tudo é diferente, mudamos.
Os espaços, são demasiado pequenos para nós.
O rancor e o ódio são as flores plantadas no nosso jardim.
Regamo-las com dor e sofrimento e adobamo-las com vingança…
Valerá todo este sacrifício se sabemos as causas e os motivos?
Que o nosso pensamento não respeita o corpo nem a vida.
Valerá mesmo a pena?
Buscamos razões para preencher o coração, alguns encontram outros não!