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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tejo

Descobri nas águas do Tejo, um murmúrio de saudade,
Nas ondulações da tua corrente, um suspiro da verdade…
Em ti, perdem-se os olhos pensativos,
De quem roga que o guies, para lá do teu fim…
Mostra o caminho nas águas.
Trá-lo de volta em teus braços,
Pelo grito da ave que sobrevoa.
Conta o nosso segredo, por fim…
Mostra-lhe o caminho por mim,
Da verdade que tanto entoa.
Da tua voz silenciosa que teima em falar…
Rasgada por passagens, tão breves!
Que se distendem até ao mar.
Embalado em teus braços seguros!
Perdidos no tempo e no olhar.
Tu que escondes tantos mistérios,
E conheces tão bem o teu rumo…
Sussurra-lhe ao ouvido o caminho.
Para que, por fim, me possa encontrar… 



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

De palavra em palavra...



Despertei do sono profundo,
Mal acordado e ainda entorpecido.
Encontrei-te envolto em dúvidas,
Sem respostas e novas metas achadas.
Agradável surpresa a minha!
Que vou descobrindo nas palavras,
Motivos para continuar…
A cada palavra aumenta o meu desejo.
A inquietude domina o tempo,
Já a manhã rompe a madrugada!
O desejo do aconchego se instala…
Palavra em palavra, frase em frase!
Levantamos o pano de nossas vidas…
Mostrando ao sol a nossa existência,
E ao mundo o nosso anseio.
Nesta dança das palavras…
Ora vibrantes e ondulantes,
Ora surpreendentes e repletas de humor!
Vou descobrindo quem és!
Momentos que desejo jamais ter fim.
Vem! Vem descobrir quem sou!
Pois desejo partilhá-lo contigo.
E escreve-lo no futuro sem temores…
De palavra em palavra…





domingo, 9 de outubro de 2011

Coleccionador de corações

Eu sei que não posso dar mais nenhum passo até ti.
Porque tudo que me espera é arrependimento.
Tu sabias que não sou mais o teu fantasma?
E perdeste o amor que mais amei.
Eu aprendi a viver, metade vivo.
E agora queres-me mais uma vez.
Quem pensas que és?
Correndo por aí deixando cicatrizes.
Coleccionando um monte de corações.
Rasgando o amor ao meio.
Vais apanhar frio,
Do gelo que brota da tua alma.
Então, não voltes para mim!
Quem pensas que és?
Eu ouço-te perguntar por todo o lado,
Se estou em algum lugar para ser encontrado.
Mas cresci muito forte,
Para cair de novo nos teus braços.
Eu aprendi a viver, metade vivo.
E agora queres-me mais uma vez.
Quem pensas que és?
Correndo por aí deixando cicatrizes.
Coleccionando um monte de corações.
Rasgando o amor ao meio.
Vais apanhar frio,
Do gelo que brota da tua alma.
Então, não voltes para mim!
Quem pensas que és?
Levou tanto tempo até me sentir bem,
A lembrar-me como levar a luz aos meus olhos.
Eu queria ter perdido, a primeira vez que nos beijamos,
Porque quebras-te, todas as tuas promessas.
E agora estás de volta
Não me vais ter de volta.
Quem pensas que és?
Correndo por aí deixando cicatrizes.
Coleccionando um monte de corações.
Rasgando o amor ao meio.
Vais apanhar frio,
Do gelo que brota da tua alma.
Então, não voltes para mim!
Não voltes para todos nós…
Não voltes para todos nós…
Não voltes para todos nós…



Poderia ter sido escrito por mim? Poderia! Claro que poderia mas é apenas a letra da música Jar of Hearts - Christina Perri, fantástica não???


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Palavras

Palavras são como brisa,
Ora leves ora banais...
São como toque na alma,
Bálsamo em corpo que dói.

Quando as dizes com ternura,
São frescas como gotas de orvalho.
Matam esta sede de amor.
Em dias quentes sem fim.

Vem! Quero ver o teu corpo,
Deitada imóvel no meu leito...
Assim perdido no tempo,
Nas curvas formosas do corpo que é teu.

Vem! Quero sentir o sabor da pele
E do beijo que perdura.
Ver as gotas de esforço percorrer,
Os caminhos mais sinuosos do teu corpo.

Por fim, só no fim vamos trocar palavras,
Escrever mais uma página.
No livro do destino
Que será para sempre teu.