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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Silêncio

Hoje o mundo perdeu um pouco do seu encanto.
Acordou cinzento apesar do astro rei brilhar bem alto,
Banhado pelo azul celeste e bordados a branco.
Nem o canto das aves, suaves, me deslumbraram.
Silêncio! Apenas esse silêncio envolvia o horizonte.
Estou em mim mas ausente...
Como refugiado levado à pátria do castigo.
Hoje o mundo acordou brando, talvez demais... 



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Porque choras?

Perguntaste-me porque choro?
Pois bem, não sei!
Choro quando a emoção aflora,
Levada pela mão dos sentimentos.
Choro quando uma mãe é impedida,
De amar o seu filho, por outro ser que também é mãe.
Choro pelas amarguras da vida,
Que para ti, são apenas breves brisas sem sentido.
Choro para libertar o peito,
Das desilusões e frustrações que pesam tanto!
Mas, nem de todas as causas a dor tem a culpa,
Choro igualmente de alegria!
Quando o brilho resplandece no sorriso de uma criança.
Na mão que ampara o moribundo,
Ou no simples abraço que toca no fundo!
Induzindo de calor o coração.
Choro sem complexos e rejuvenesço,
A cada lágrima caída eu engrandeço.
Sozinho mas, amparado pela solidão…



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nunca estamos sós…

Por entre os caminhos escolhidos.
Mesmo que os passos me denunciem,
No quebrar das folhas em estalidos.
Não estou só!
Então, isolo-me do mundo,
Perseguindo a solidão para a contemplar!
Mas esse silêncio é impossível…
Logo o som do vazio se enche de música,
Sons do pensamento e das memórias.
O som do distante, tão próximo.
Os pensamentos intuídos do agora.
Como reflexo de mim em águas límpidas.
Daquilo que sou sem subterfúgios.
Revejo-me, julgo e volto a julgar,
Posso sempre mudar, depende de mim…
Única e simplesmente de mim,
O abrir a porta e decidir entrar.
Obrigado!
No vazio nos reencontramos,
Ofereces com sabedoria as tuas palavras.
Para que me possa levantar.
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Musicalidade

Pausas, ritmos e compassos.
Ondulações e vibrações quentes,
Unem-se os corpos ardentes!
Em vibratos e sustenidos…
É a musicalidade da paixão,
Qual corda que geme a compasso!
Excitada por dedos com saber…
Elevando-a ao limbo da perfeição.
Desejo-a, não nego!
Perdendo a lucidez em doce murmúrio.
Reencontrar-me no silêncio desse beijo.
Sem fôlego mas transpirando liberdade…